Quatro cidades e seus cinco candidatos milionários

Dados do TRE mostram concorrentes com patrimônio superior a R$ 1 milhão

Do Diario de Pernambuco

As campanhas para prefeito e vice-prefeito em Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho contam com cinco candidatos ‘milionários’. O prefeito do Cabo, Lula Cabral (PTB), é com folga o político com a maior declaração de bens nessas cidades, com patrimônio pessoal estimado em R$ 6,5 milhões. Já o candidato a vice-prefeito da capital na chapa encabeçada por Raul Henry (PMDB), deputado federal Bruno Rodrigues (PSDB), é o político mais abastado a entrar na disputa majoritária na capital, uma vez que declarou ter R$ 1,4 milhão. Os dados constam nos registros das candidaturas que foram entregues pelos partidos à Justiça Eleitoral.

Ainda integram a lista os candidatos a prefeito Morge Mirim (PV), candidato no Cabo de Santo Agostinho, que tem R$ 1,29 milhão; Mendonça Filho (DEM), que disputa a Prefeitura do Recife, com R$ 1,2 milhão; e Jacilda Urquisa (PMDB), de Olinda, com patrimônio avaliado por ela em R$ 1,17 milhão.

Depois de Mendonça, Raul Henry (PMDB) aparece como o segundo mais ‘rico’do Recife a entrar na disputa, com patrimônio pessoal estimado em R$ 697,1 mil. Em seguida constam os nomes de Carlos Eduardo Cadoca (PSC/R$ 554,9 mil), João da Costa (PT/ R$ 228,5 mil) e Roberto Numeriano (PCB/ R$ 3,3 mil). Edilson Silva (Psol) e Kátia Telles (PSTU) informaram à Justiça Eleitoral que não possuem bens.

A campanha de Raul Henry a prefeito do Recife será a mais cara da cidade, com previsão de gastos estimada em R$ 3,8 milhões, seguido por Cadoca (R$ 3,5 milhões), Mendonça Filho e João da Costa (R$ 3 milhões, cada), Kátia Telles (R$ 200 mil) e Edilson Silva (R$ 200 mil). Numeriano declarou gastos de R$ 150 mil.

Em Jaboatão dos Guararapes, Paulo Rubem (PDT) terá a campanha mais turbinada (R$ 3 milhões), contra R$ 1,7 milhão de Elias Gomes (PSDB), R$ 950 mil de André Campos (PT) e R$ 100 mil de Nilton Carneiro (PRB), candidato à reeleição. A campanha mais barata será a do Padre Sóstenes, do Psol, que tem previsão de custar apenas R$ 30 mil.

Com patrimônio avaliado em R$ 553 mil, André Campos lidera o ranking naquele município. O candidato do Psol informou ter R$ 320 mil de patrimônio; Elias Gomes aparece com R$ 64 mil, enquanto Paulo Rubem alegou possuir R$ 81 mil. Já o atual prefeito Nilton Carneiro informou que não tinha bens a declarar.

Já em Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB) é o candidato a prefeito que vai desembolsar a maior quantia durante a campanha (R$ 1,5 milhão), seguido por Jacilda Urquisa (PMDB/R$ 1,3 milhão), Alf (PDT/R$ 1 milhão), Arlindo Siqueira (PTB/R$ 800 mil) e Gustavo Rosas (PRP/R$ 50 mil).

Na relação de bens constam apartamentos, terrenos, automóveis, quantias em dinheiro, aplicações bancárias e até cadeiras cativas em estádios de futebol. As informações disponíveis sobre patrimônio e previsão de gastos foram repassadas aos partidos pelos próprios candidatos. Nenhum dado disponível, no entanto, é checado de forma oficial pela Justiça.