Elina Carneiro mira o Palácio da Batalha


JOSÉ AMBRÓSIO

Eleita com 32 mil votos, dos quais 17 mil dados por eleitores de Jaboatão dos Guararapes, a deputada Elina Carneiro (PSB) está certa de que será reeleita com votação ainda maior que a obtida em 2006, quando o município era administrado por seu pai, Newton Carneiro, governo do qual foi secretária de Ação Social até o início de abril daquele ano. Além da sua atuação parlamentar para a futura performance nas urnas, Elina Carneiro – que rechaça a versão de que era ela quem de fato governava o município -, ressalta o desempenho do Governo Elias Gomes (PSDB), que diz nada fazer em benefício da cidade. “Eu avisava a população que Elias não tem amor a Jaboatão. Ele é filho do Cabo de Santo Agostinho”, lembra, afirmando que o povo já está arrependido e antecipando a possibilidade disputar o Palácio da Batalha, em 2012.

TRIBUNA POPULAR – A senhora tem como principal base eleitoral o município de Jaboatão dos Guararapes, que tem o segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco e quatro representantes na Assembléia Legislativa. Considera fácil o retorno ou a reeleição é mesmo um desafio?

ELINA CARNEIRO – Nenhuma eleição é fácil, mas mesmo assim acho que a minha votação será bem maior que a obtida na eleição de 2006. Tenho um trabalho voltado para as mulheres e sou bastante atuante na Região Metropolitana. Jaboatão tem tido pouco apoio. Tem feito apelos ao Governo Federal e ao Governo Estadual para melhorar. O governador Eduardo Campos tem atendido bem e até surpreendeu. Eu pedi uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e ele definiu duas. Fez também a Escola Técnica, sonho do meu pai, utilizando o antigo Centro de Treinamento da RFFSA. Tem ainda a Estrada da Batalha. Luto pela construção de uma maternidade. Não virei as costas para a cidade, pelo contrário, me empenho bastante e a população está vendo.

TP – Seu primeiro mandato foi conseguido com o apoio decisivo de seu pai, Newton Carneiro, então prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Hoje, a senhora está na oposição ao Governo Municipal. Isso conta contra ou a favor da sua candidatura?

EC – Todo político que inicia carreira precisa do apoio. Eu tive o apoio do meu pai, Newton Carneiro, e do governador Eduardo Campos. Continuo tendo o apoio deles e de todos que acreditam no meu trabalho. Elias Gomes não fez nada em benefício da cidade. O que diz que fez foi luta de Newton Carneiro, a exemplo da Estrada da Batalha, da Escola Técnica, do Mercado das Mangueiras. O que fez foi aumentar em até 1000% o IPTU. O que o provo precisa é de ações de saúde, educação, saneamento. Eu avisava a população que Elias não tem amor a Jaboatão. Ele é filho do Cabo de Santo Agostinho.

TP – A senhora era apontada por muitos como sendo a pessoa que de fato administrava Jaboatão. Não se sente de alguma forma também responsável por parte dos problemas que identifica como ainda persistindo na cidade?

EC – Fui Secretária de Ação Social da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes na primeira metade da administração do meu pai, Newton Carneiro (2005/2008) e as pessoas gostaram muito. Era vista pelo Governo Jarbas e depois Mendonça Filho como sendo muito atuante. Implantei os CRAS em Jaboatão dos Guararapes, melhorei as instalações das unidades do PETI, implantei os Centros da Juventude e melhorei a atenção aos idosos. É burrice dizer que eu administrava a cidade. Quem administrava era Newton Carneiro, que foi eleito para isso. Ele é uma pessoa inteligente e por isso foi nove vezes deputado estadual, duas vezes vereador do Recife, duas vezes prefeito de Jaboatão, elegeu o filho, Newton Carneiro Filho, vereador do Recife e agora ajudou a me eleger deputada. Eu apenas ajudava, aconselhava, como todo assessor faz. Mas quem administrava era Newton Carneiro, que o povo hoje, arrependido, pede a sua volta, que deverá acontecer em 2012. Se não ele, mas um nome que seja definido por nosso grupo político.

TP – E esse nome poderá ser o da deputada Elina Carneiro?

EC – Vamos discutir. Acredito que hoje o nome é o do meu pai, o ex-prefeito Newton Carneiro. Mas pode ser que as negociações evoluam em torno do meu nome sim.

TP – Antes de 2012 tem 2010. Como a senhora pretende convencer o eleitorado da necessidade de se renovar o seu mandato?

EC – O meu trabalho fala por mim.

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